2012/05/09


Pergunta: O que é o cancro?

Qual a origem do cancro?

O cancro é a proliferação anormal de células.
O cancro tem início nas células; um conjunto de células forma um tecido e, por sua vez, os tecidos formam os órgãos do nosso corpo. Normalmente, as células crescem e dividem-se para formar novas células. No seu ciclo de vida, as células envelhecem, morrem e são substituídas por novas células.
Algumas vezes, este processo ordeiro e controlado corre mal: formam-se células novas, sem que o organismo necessite e, ao mesmo tempo, as células velhas não morrem. Este conjunto de células extra forma um tumor.
Nem todos os tumores correspondem a cancro. Os tumores podem ser benignos ou malignos.


Os tumores benignos não são cancro:
·         Raramente põem a vida em risco;
·         Regra geral, podem ser removidos e, muitas vezes, regridem;
·         As células dos tumores benignos não se "espalham", ou seja, não se disseminam para os tecidos em volta ou para outras partes do organismo (metastização à distância).


Os tumores malignos são cancro:
·         Regra geral são mais graves que os tumores benignos;
·         Podem colocar a vida em risco;
·         Podem, muitas vezes, ser removidos, embora possam voltar a crescer;
·         As células dos tumores malignos podem invadir e danificar os tecidos e órgãos circundantes; podem, ainda, libertar-se do tumor primitivo (primitivo) e entrar na corrente sanguínea ou no sistema linfático - este é o processo de metastização das células cancerígenas, a partir do cancro original (tumor primário), formando novos tumores noutros órgãos.


O nome dado à maioria dos cancros provém do tumor inicial. Por exemplo, o cancro do pulmão tem início no pulmão e o cancro da mama tem início na mama. O linfoma é um cancro que tem início no sistema linfático e a leucemia tem início nas células brancas do sangue (leucócitos).


As células cancerígenas podem "viajar" para outros órgãos, através do sistema linfático ou da corrente sanguínea. Quando o cancro metastiza, o novo tumor tem o mesmo tipo de células anormais do tumor primário. Por exemplo, se o cancro da mama metastizar para os ossos, as células cancerígenas nos ossos serão células de cancro da mama; neste caso, estamos perante um cancro da mama metastizado, e não um tumor ósseo, devendo ser tratado como cancro da mama.











FATORES DE RISCO

Muitas vezes, os médicos não conseguem explicar porque é que uma pessoa desenvolve cancro e outra não. No entanto, a investigação demonstra que determinados fatores de risco aumentam a probabilidade de uma pessoa vir a desenvolver cancro.

Globalmente, os fatores de risco mais comuns, para o cancro, são apresentados em seguida:
·         Envelhecimento.
·         Tabaco.
·         Luz solar.
·         Radiação ionizante.
·         Determinados químicos e outras substâncias.
·         Alguns vírus e bactérias.
·         Determinadas hormonas.
·         Álcool.
·         Dieta pobre, falta de atividade física ou excesso de peso.


Muitos destes fatores de risco podem ser evitados. Outros, como por exemplo a história familiar, não podem; como tal, é importante referir sempre ao médico quaisquer dados clínicos familiares relevantes que existam na família.
Relativamente aos fatores de risco conhecidos, que não sejam "familiares" (como a exposição excessiva à luz solar, o tabaco, o álcool, a dieta rica em gorduras, a falta de exercício físico, etc.) deve, sempre que possível, evitá-los.
Se pensa que pode apresentar risco aumentado para ter cancro, deverá discutir essa preocupação com o médico; poderá saber como reduzir o risco e qual será o calendário ideal para fazer exames regulares.
Com o passar do tempo, vários fatores podem agir conjuntamente, para fazer com que células normais se tornem cancerígenas. Quando se avalia o risco de ter cancro, devem sempre ser considerados esses fatores:

Nem tudo causa cancro
·         O cancro não é causado por uma ferida, um inchaço ou uma equimose.
·         O cancro não é contagioso: ninguém apanha cancro de outra pessoa.
·         Estar infetado com um vírus ou bactéria poder aumentar o risco para alguns    tipos de cancro.
·         Se tiver um ou mais fatores de risco, não quer dizer que venha a ter cancro; a maior parte das pessoas que têm fatores de risco nunca irá desenvolver cancro.
·         Algumas pessoas são mais sensíveis que outras, aos fatores de risco conhecidos.

 Quais os sintomas?

O cancro pode provocar muitos sintomas diferentes, como por exemplo:
·         Espessamento, massa ou "uma elevação" na mama, ou em qualquer outra parte do corpo.
·         Aparecimento de um sinal novo, ou alteração num sinal já existente.
·         Ferida que não passa, ou seja, cuja cicatrização não acontece.
·         Rouquidão ou tosse que não desaparece.
·         Alterações relevantes na rotina intestinal ou da bexiga.
·         Desconforto depois de comer.
·         Dificuldade em engolir.
·         Ganho, ou perda de peso, sem motivo aparente.
·         Sangramento ou qualquer secreção anormal.
·         Sensação de fraqueza ou extremo cansaço.


Na maioria das vezes, estes sintomas não estão relacionados com um cancro, e podem, ainda, ser provocados por tumores benignos ou outros problemas. Só o médico poderá confirmar. Qualquer pessoa com estes sintomas, ou quaisquer outras alterações de saúde relevantes, deve consultar o médico, para diagnosticar e tratar o problema tão cedo quanto possível.
Geralmente, as fases iniciais do cancro não causam dor. Se tem estes sintomas, não espere até ter dor, para consultar o médico.
A maioria dos cancros desenvolve-se devido a alterações (mutações) nos genes. Uma célula normal pode tornar-se numa célula cancerígena, após ocorrerem uma série de alterações genéticas. O tabaco, alguns vírus, ou outros fatores relacionados com o estilo de vida das pessoas ou com o ambiente, podem originar essas alterações em determinados tipos de células.
Algumas alterações genéticas, que aumentam o risco de cancro, passam de pais para filhos. Na altura do nascimento, estas alterações estão presentes em todas as células do organismo.

Como prevenir o cancro?

Os cancros causados pelo tabagismo e pelo uso de bebidas alcoólicas podem ser prevenidos na sua totalidade.
As novas estratégias que ajudam os fumantes a abandonar o cigarro, como o uso dos adesivos de reposição de nicotina e as terapias de apoio psicológico, já vêm apontando para resultados favoráveis em diferentes estudos científicos. 
 Muitos dos que estão relacionados com a dieta também podem ser prevenidos. Estudos científicos sugerem que aproximadamente um terço das mortes por cancro está relacionado com neoplasias malignas causadas por fatores dietéticos.
Além disso, muitos cancros de pele podem ser prevenidos pela proteção contra os raios solares. Exames específicos, conduzidos regularmente por profissionais da saúde podem detetar o cancro da mama, cólon, reto, colo de útero, próstata, testículo, língua, boca e pele em estádios iniciais, quando o tratamento é mais facilmente bem-sucedido. Por outro lado autoexames de mama e pele podem também resultar no diagnóstico precoce de tumores nessas localizações.

Existe cura para o cancro?

Atualmente, muitos tipos de cancro são curados, desde que tratados em estágios iniciais, demonstrando-se a importância do diagnóstico precoce. Mais de metade dos casos de cancro já tem cura. Tudo depende do tipo de tumor e do estágio em que ele se encontra.
Quanto mais cedo for diagnosticado, maiores as chances do tratamento dar certo.  Por exemplo: câncer de mama, intestino, estômago, próstata, colo do útero, ovário etc.
Outros tipos de cancro, mesmo quando em estádios avançados, podem ser curados: alguns tipos de linfomas, tumores germinativos (testículo, por exemplo), tumores da placenta.
Caso o diagnóstico seja feito tardiamente, a probabilidade de cura do cancro pode diminuir e possíveis complicações podem aparecer mesmo depois de o tumor ter sido tratado.
Os tumores diagnosticados em fases mais tardias, com metástases à distância, muitas vezes são passíveis de tratamento paliativo, sem intenção de cura. Por exemplo: cancro de pulmão metastático, esôfago metastático, entre outros.





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